Nós, do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região, prestamos a mais absoluta solidariedade e respeito ao movimento grevista realizado, no último dia 3 de outubro, em trens, metrôs e na Sabesp.
Sabemos – e lamentamos – as dificuldades que o movimento causou à população da Capital bandeirante. Mas temos conhecimento, também, que não havia outra forma de se manifestar contra a posição do Governo do Estado, de privatizar empresas lucrativas e que prestam ótimos serviços à sociedade.
Fui presidente do Sindicato dos Eletricitários, mas, antes de tudo, trabalhador que ingressou na Light em meados do século passado. A Light depois virou Eletropaulo, quando o governo estadual comprou o subsistema da empresa canadense em São Paulo.
Apesar da brava luta do Sindicato (do qual não era mais o presidente), a privatização da empresa legou a perda de emprego de milhares e milhares de profissionais, além de, seus compradores, não quererem honrar com dívidas sociais históricas.
Engenheiros, técnicos e especialistas de diversas funções foram evadidos. Com isso, a companhia de eletricidade sofreu uma crise de inteligência, pois quem entrou no lugar não tinha o know how necessário.
Ninguém compra uma empresa de tal tamanho sem querer lucrar de forma leonina, nem que, para tanto, precise precarizar serviços.
A Sabesp, é bom que se diga, serve uma das melhores águas do mundo. O Metrô e a rede ferroviária já mencionadas, também.
São Paulo está na contramão da história. Na parte final do milênio anterior estava em voga a onda neoliberal. Países europeus praticaram a privatização. Mas não deu certo. Tanto que a maioria deles está voltando a trilhos seguros, reestatizando.
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