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UGT Press - O Futuro do Petróleo



DEPENDÊNCIA ÁRABE: o petróleo jorra mais fácil e em maior quantidade no Oriente Médio (leia- se países árabes). Essa dependência importadora do Ocidente tem sido uma dor de cabeça para as nações desenvolvidas, além de propiciar comportamentos pouco dignos entre países e líderes políticos. Desde que o petróleo passou a ser utilizado como arma, nas primeiras guerras contra a criação do Estado de Israel, há certa instabilidade em seu fornecimento. A região é conflagrada, cheia de ditaduras familiares, governos fundamentalistas e profunda desigualdade social.

CHOQUE DO PETRÓLEO: o primeiro grande choque do petróleo ocorreu com a crise de 1973, quando a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) controlava mais da metade do mercado. Hoje, a situação mudou ligeiramente e a Opep é responsável por 40% do fornecimento, um percentual alto e ainda de muito poder. Cálculos divulgados pela AIE (Agência Internacional de Energia), publicados pelo Estadão (27-02), mostram que serão necessários investimentos de mais de 10 trilhões de dólares nos próximos 20 anos, "apenas para aumentar o conforto em relação ao abastecimento". Portanto, nada que implique em independência em relação aos árabes.

O consumo atual está em 90 milhões de barris diários e, para se ter uma idéia do desafio, basta dizer que a Líbia é responsável somente por 2% do fornecimento mundial.

VAI E VEM NOS PREÇOS: a sucessão de crises no Oriente Médio, a instabilidade governamental na Venezuela, situações indefinidas na África, implicam na volatilidade dos preços. Os preços já estiveram muito altos e caíram porque levariam a economia mundial a uma crise parecida com a de 1973. Agora, o perigo é o mesmo. Especialistas dizem que o barril a mais de 100 dólares é um perigo para a estabilidade mundial. Hoje, já está a mais de 110 dólares, propenso a chegar a 120. Se pular para próximo de 150 dólares, o mundo estará diante de outro choque do petróleo e segundo Mohamed El-Eriam "barril a US$ 150 traria um período de estagflação".

DITADURAS FRÁGEIS: ditaduras hereditárias, fortes, mas que os últimos acontecimentos na região tornaram frágeis acrescentam maior instabilidade no comércio de petróleo. Os levantes pró-democracia que começaram na Tunísia e se espalharam por outros países, derrubando inclusive o todo poderoso Osni Mubarak do Egito, são mais do que simples movimentos reivindicativos. Inserem-se como embriões revolucionários de gente cansada de estar sob governos ditatoriais corruptos, montados em grandes somas de recursos, armando-se até os dentes para se manter no poder ou para promover guerras religiosas inúteis. Tudo isso agrava o fornecimento normal de óleo. Repetimos que o Ocidente é culpado por boa parte dos acontecimentos, pois muitos desses ditadores foram promovidos pelos países desenvolvidos em troca do suprimento de petróleo e de investimentos em seus países. Agora, porém, o próprio povo de alguns desses países estão se encarregando de dar um basta nessas ditaduras longevas.

TERREMOTO E FUKUSHIMA: o imprevisível terremoto do Japão e as avarias na Usina de Fukushima acrescentaram um molho picante no problema do petróleo. De repente, ele se tornou mais importante ainda. A alternativa nuclear transformou-se momentaneamente em política energética inviável e, países considerados sérios, como a Alemanha, já estão desativando as usinas nucleares mais velhas. O Japão é 90% dependente do petróleo árabe (um terço da Arábia Saudita) e sua recuperação econômica deverá levar alguns anos. O primeiro ministro japonês já afirmou que será impossível uma recuperação em curto prazo com os atuais preços do petróleo.

NOVOS FORNECEDORES: os dois maiores consumidores de petróleo do mundo - Estados Unidos e China - serão obrigados a buscar novas fontes de fornecimento. Na África, Angola, Nigéria e Sudão; no leste europeu, a Rússia tem superávit de energia; na América do Sul, Venezuela, Bolívia e Brasil (pré-sal); na América do Norte, o Canadá aparece como o futuro e provável maior fornecedor dos Estados Unidos. No entanto, todos esses projetos voltados para o aumento de produção, são lentos e, no mínimo, acontecerão em médio prazo. Enquanto isso, o Oriente Médio continua sendo o maior fornecedor e a instabilidade política da região permanecerá como dor de cabeça. 

PIADA: nos corredores do Itamaraty, conta-se que no almoço entre Dilma Rousseff e Barack Obama, o presidente norte-americano teria dito: "Passe-me o pré-sal". 



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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 01/04/2011
Número de Visitas: 2934

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