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UGT Press - Singularidades



COMO ESTAMOS DE QUATRO? preste atenção: a pergunta não é capciosa e reflete uma verdade já abordada por Marcelo Neri, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Trata-se da importância do final quatro (4) nas últimas décadas. Vamos lá: 1964, golpe militar; 1974, início da distensão política; 1984, fenômeno das Diretas Já; 1994, início do Plano Real; 2004, início da queda da desigualdade social; 2014, Copa do Mundo e aí nasce uma nova equação: o que acontecerá em 2014? Revolução pela educação? Saúde para todos? Diminuição da criminalidade? Início do Pleno Emprego? Reforma Política? Melhor distribuição de renda via reforma tributária? Ou nada disso?

PAÍS SEM CHUVA, PAÍS TOTALITÁRIO? aqueles que gostam de singularidades, talvez se interessem por uma pesquisa de Stephen Haber (Universidade de Stanford) e Victor Menaldo (Universidade de Washington), os quais verificaram que os países com menos chuvas são exatamente aqueles onde predominam as ditaduras. Assim, haveria explicações para as situações atuais no Oriente Médio. O assunto foi objeto de um artigo de Amity Shlaes, do Bloomberg News, republicado pelo Estadão (08-04-11). Eles, os autores, classificaram os países em três categorias: muito autoritários (Egito); democráticos (Inglaterra); e aqueles que oscilam entre os extremos. Afirmam que em países com menos de 50 centímetros de precipitação pluviométrica anual, há predomínio das ditaduras. Há argumentos interessantes: países que puderam plantar, colher e armazenar, acumularam para investir em educação.

ACABAR COM A LEI DE LICITAÇÕES E COM O TCU: o proprietário da Azul Linhas Aéreas, David Neeleman, deu uma entrevista à Folha de São Paulo (14-02-11), no mínimo, polêmica. Ele defendeu a extinção da legislação brasileira sobre licitações e o desaparecimento do Tribunal de Contas da União. E deu um exemplo: "Em Vitória, gastaram R$ 30 milhões com as obras do aeroporto. Aí sumiu R$ 1 milhão e o TCU mandou parar tudo. Faz cinco anos que a obra está parada e os R$ 30 milhões foram para o lixo. Tem que investigar, mas não precisa parar a obra". Realmente, a nossa lei de licitações é atrasada, burocrática e não evita a corrupção, antes a facilita. Só os especialistas conseguem mergulhar no cipoal de exigências e ultrapassar a corrida de obstáculos da burocracia. Aos estrangeiros fica difícil entender o nosso país, embora ele, Neeleman, tenha nascido no Brasil.

OS BATALHADORES: Jessé Souza, autor do livro "Os batalhadores", contraria a crença generalizada de que existe no Brasil "uma nova classe média". Para ele, as pessoas que ascenderam à nova condição social, são batalhadores. "O que impressionou foi o extraordinário esforço de superação de condições adversas. O termo "batalhadores" foi uma homenagem à luta cotidiana e silenciosa desses brasileiros", afirmou Jessé Souza à Folha de São Paulo (13-02-11). Continuando, concluiu: "Os batalhadores compensam a falta do capital cultural e econômico com extraordinário esforço pessoal, dupla jornada e aceitação de superexploração da mão de obra". Diferente e didático, mais de acordo com a realidade dos trabalhadores.

O NOVO NORTE: veja o que prevê Laurence C. Smith, professor de geografia da Universidade da Califórnia, 43 anos. Para ele, na segunda metade deste século, haverá a emergência de uma nova região cuja sigla é "Norc" (Northern Rim Countries), países com terra e mar situados acima do paralelo 45ºN (USA parte Alasca, Canadá, Islândia, Dinamarca, parte Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia), terão maiores oportunidades de desenvolvimento, em função do aquecimento global. Há expectativa de que "o derretimento do gelo do Ártico vai trazer oportunidade para navegação e para jazidas de petróleo e gás natural". A nossa presidente, Dilma Rousseff, em sua primeira viagem internacional afirmou: "este é o século da América Latina". Ambos podem acertar.

CÓDIGO FLORESTAL: o ditado "a emenda ficou pior do que o soneto" cabe bem para o embate entre ruralistas e ambientalistas, travado por meses na Câmara Federal. O projeto foi aprovado e tem como pontos de destaque a anistia para aqueles que burlaram a lei e promoveram o desmate irregular de suas terras. Houve também a flexibilização das exigências mais duras. Ganhou claramente o poder econômico, os ruralistas e os grandes latifundiários. Perderam ambientalistas e aqueles que têm certa consciência ecológica, entendedores de que a floresta viva e em pé vale mais. O comportamento dos meios de comunicação durante os debates foi francamente favorável aos flexibilizadores, fazendo crer que as modificações estavam salvando a agricultura brasileira, combatendo uma nova forma de colonialismo e salvando lavouras de maçã e café. O projeto ainda vai ao Senado e, depois, à sanção de Dilma Rousseff, podendo haver modificações tópicas no texto que foi aprovado na Câmara. Dilma poderá vetar alguns artigos, mas a crença é de que ela não quer comprar briga com o Congresso Nacional. O Brasil continua sendo o Brasil.

FORA DO BRASIL: a) o voo 447, da Air France, caiu em 2009, no Oceano Atlântico. As autoridades francesas não desistiram do caso, recuperaram as caixas-pretas e continuaram encontrando corpos; b) o Tribunal Federal Suiço, confirmou a condenação de um brasileiro à prisão perpétua, por estupro de uma menina.

DENTRO DO BRASIL: a) o jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves foi preso em 2011 por um crime de assassinato cometido em 2000; b) a presidente Dilma Rousseff não queria a politização do caso Palocci, talvez se esquecendo que ele é ministro e já foi anteriormente ignorado pela Justiça em caso igualmente confuso. Ele sangrou até cair, provocando o maior desgaste político para o atual governo.

LANÇAMENTO: o jornalista Mário Soler (ex-delegado do Sindicato dos Jornalistas em São José do Rio Preto-SP) lançou mais um livro pela Editora THS. Recolhendo textos passados e adicionando outros textos inéditos, "Coisas da Vida" é uma coletânea de crônicas de excelente bom gosto e deliciosa leitura. Soler, professor de comunicação e mestre em telejornalismo (Unesp), é defensor do sindicalismo e foi um dos palestrantes da UTAL (Universidade dos Trabalhadores da América Latina), na Venezuela, nos tempos da ex-CLAT. Pedidos pelo e-mail: midiacaipira@gmail.com



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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 14/06/2011
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