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UGT Press - Consenso de Brasília



CONSENSO DE BRASÍLIA: a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, a partir da eleição de Ollanta Humana, no Peru, desenvolveu raciocínio interessante: cresce um novo modelo, denominado "Consenso de Brasília", que seria a "consolidação de líderes esquerdistas moderados na América Latina, em detrimento do modelo impulsionado pelo venezuelano Hugo Chávez". Fortalecendo o seu raciocínio, ela invocou texto de Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura, que apoiou Humala nas eleições peruanas, publicado no jornal espanhol El Pais: "Para que aqueles programas [sociais] sejam bem-sucedidos, é indispensável que o Peru continue crescendo, porque senão não há riqueza para distribuir. Os socialistas chilenos, brasileiros, uruguaios e salvadorenhos entenderam e, apesar de continuarem se chamando de socialistas, têm feito um governo social-democrata (não digo liberal para não assustar, mas não seria mentira)." Se o termo pegar, será mais um slogan para enaltecer o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

PROTEÇÃO A LÍDERES E ATIVISTAS: no Brasil existem líderes e ativistas importantes que necessitam de proteção do Estado para exercerem suas atividades. A falta de proteção tem resultado em mortes inesperadas, representando um notável prejuízo às ações de defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. Em 2004, o presidente Lula criou o PPDDH (Programa de Proteção dos Defensores dos Direitos Humanos), que foi instalado em somente cinco estados brasileiros. De cerca de 150 pessoas ameaçadas, somente 29 delas tem proteção permanente. O programa é vinculado à Secretaria dos Direitos Humanos e ainda funciona mediante um decreto presidencial (o Projeto de Lei não foi votado no Congresso Nacional). Se o PPDDH estivesse funcionando como deveria, provavelmente, algumas dessas vidas que foram tragicamente assassinadas no mês de maio, no norte do país, teriam sido salvas.

DESCASO EM PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO: lamentavelmente, no Brasil, os projetos mais importantes voltados para o desenvolvimento são desacompanhados de cuidados especiais com as populações do entorno e não há ações em apoio aos migrantes que chegam para trabalhar nas obras. Os serviços são prestados em total estado de miséria e precariedade. Isso já detonou movimentos grevistas em obras de hidrelétricas. Enquanto os trabalhadores, normalmente migrantes pobres à procura de emprego, vivem em moradias precárias de loteamentos clandestinos, os dirigentes empresariais e técnicos de classe média vão para os condomínios fechados, cheio de luxo, conforto e proteção. O exemplo mais gritante dessa disparidade social é Marabá, no Estado do Pará, cidade que, segundo a Cia. Vale do Rio Doce, crescerá 50% em cinco anos. Ela já é a cidade mais violenta do Brasil. Ali estará sendo instalada a siderúrgica da Vale, capaz de oferecer cerca de 30 mil vagas, entre empregos diretos e indiretos. Mas, é preciso dotar a cidade de infraestrutura, saneamento básico e habitações decentes para os trabalhadores. Com a palavra, as centrais de trabalhadores do país.

EDMUND BURKE: o filósofo irlandês, já no século 18, compilou um texto definindo os padrões de excelência política: "Ser instruído a ter respeito próprio; ser habituado à inspeção crítica do olhar público; dispor de ócio para ler, refletir, conversar; ser capacitado a atrair a corte e atenção do sábio e instruído, onde quer que ele se encontre; ser habituado em exércitos a comandar e a obedecer; ser levado a uma conduta contida e regrada, no sentido de ser considerado um educador de seus concidadãos em suas mais elevadas aspirações, e também que aja como um reconciliador entre Deus e o homem". Permanece atual em algumas coisas, sobretudo no que diz respeito a estar habituado à inspeção crítica do olhar público. Não se pode desdenhar do olhar público. Há muito cinismo no universo político brasileiro.

INTERDEPENDÊNCIA: exemplo de interdependência pode ser tirado do artigo de Joseph S. Nye, de Project Sindicate, republicado pelo Estadão (12-06-11), "Terá o poder econômico substituído o militar?": "É fato que a China poderia colocar os Estados Unidos de joelhos com a ameaça de vender seus ativos em dólares. Mas ao fazer isso ela não só reduziria o valor de suas reservas com o enfraquecimento do dólar, colocaria também em risco a demanda americana por importações chinesas, causando perdas de emprego e instabilidade na China. Em outras palavras, colocar os Estados Unidos de joelhos poderia perfeitamente deixar a China de cócoras".

QUEM FALOU ISSO? "Precisamos começar a reconhecer a dura verdade de que não erradicaremos os conflitos violentos em nosso tempo de vida. Haverá momentos em que nações - agindo individualmente ou de forma coordenada - acharão o uso da força não só necessário, mas moralmente justificável". Pois é, foi o presidente Barack Obama, em seu discurso, ao receber o Prêmio Nobel da Paz.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 28/06/2011
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