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UGT Press - Dólar em Ponto Morto


DÓLAR EM PONTO MORTO: a crise mundial de 2008 e a crise européia da atualidade têm inundado o Brasil de dólares. Sem saber o que fazer, o país paga juros muito acima da média mundial e, com boas perspectivas econômicas, acumula entrada de dólares também por investimentos diretos. A administração econômica do Brasil (Mantega, Tombini & Cia.) está diante de uma armadilha de difícil superação: o real se valoriza a cada dia e chegamos a uma proporção inusitada na paridade dólar real (R$ 1,50 por dólar). Quando se iniciou o Plano Real, em 1994, a paridade, mantida artificialmente por alguns anos, foi de um por um. Durante esse período de 17 anos, a inflação acumulada do real foi bastante significativa (297,20%), acima percentualmente do que hoje representam, comparativamente, os valores das moedas estrangeiras. A economia americana contribuiu piorando e emitindo muito. O governo acredita que mexer no dólar é ruim, mas, acreditam outros, deixá-lo como está poderá ser pior. A indústria brasileira está sofrendo sérias conseqüências, especialmente porque o euro e o yuan se comportam frente ao real na mesma proporção, dificultando exportações e facilitando importações. Alberto Tamer, que escreve para o Estadão, diz que há duas correntes sobre o assunto: "uma, olha com reserva esse cenário que não é novo. Ao contrário, vem se repetindo no correr dos últimos seis meses, mesmo sem o aumento de liquidez proporcionado pelas emissões diretas e indiretas do banco central americano"; "na outra, o problema tem origens mais remotas e profundas, a ver com preços relativos e as excepcionais condições da economia brasileira para atrair investimentos" (07-07-11). Entender esses complicados mecanismos é difícil. Os especialistas se dividem em relação às medidas que podem ser tomadas e, na maioria, dizem que as providências tópicas (aumento do Imposto sobre Operações Financeiras e outras) não são eficientes. Apontam também que no mês de junho o fluxo cambial foi 2,56 bilhões de dólares negativos e, ainda assim, o real se valorizou. Para os trabalhadores, é quase impossível tentar conhecer a profundidade do problema. Só sabem que estão perdendo empregos e que o governo não tem um caminho definido para solucionar o impasse cambial. Afora as análises técnicas, cheia de expressões do economês diário, existem as pressões políticas: os industriais exportadores estão desesperados e as centrais de trabalhadores vêm criticando e defendendo o protecionismo, uma praga da primeira metade do século passado. O excesso de importações de bens de consumo ajuda a controlar a inflação. É um problema atrás do outro. Governar não é fácil!

BARRADOS NA EUROPA: embora sem o sensacionalismo de outrora, os brasileiros continuam sendo impedidos de entrar na Europa. Os dados da Frontex (agência européia de controle de fronteiras), publicados na grande imprensa brasileira, no ano de 2010, dão conta de que nada menos do que 6.072 brasileiros não puderem entrar na Europa, via aeroportos. Espanha e França são os países que mais recusam brasileiros, 1.813 e 673 casos, respectivamente. Embora altos, os números estão diminuindo: na França, em 2009, foram barradas 1.437 pessoas e, na Espanha, no mesmo ano, foram devolvidos 1.994 brasileiros. Números menores podem indicar também que os brasileiros, em função da crise, já não se sentem mais atraídos a emigrar, preferindo ficar por aqui mesmo. Nos Estados Unidos, o número de brasileiros recusados em 2010, foi de 2.238 pessoas, recorde mundial absoluto. As autoridades brasileiras estão perdendo uma rara oportunidade de endurecer com esses países, tendo em vista que hoje o número de turistas do país que viajam para o exterior é muito grande e, portanto, de enorme interesse para eles.

AINDA AS TERRAS RARAS:
UGTpress tem insistido no assunto: o Brasil deve se preocupar com a conservação de terras raras, aquelas que possuem elementos químicos essenciais para suprir a demanda mundial para atender a indústria de produtos eletrônicos. Alguns produtos que são fabricados com lantânio, ítrio, cério, praseodímio e itérbio: telas LCD, iPhones, discos rígidos para computadores, celulares, lasers, motores elétricos e outros. Em 7 de julho, a Folha de São Paulo abordou o assunto, informando que no fundo do Oceano Pacífico, próximo do Havaí e Taiti pode conter "grande quantidade das chamadas terras raras, cruciais para a indústria de eletrônicos". O estudo foi feito por japoneses da Universidade de Tóquio. Segundo eles, a lama do mar profundo, a cerca de 4 mil metros da superfície, "pode conter terras raras por causa das forças que moldaram o ambiente submarino ali". O Brasil, com vasto território e longa costa marítima, tem um potencial bastante promissor para encontrar terras raras. O governo brasileiro, insistimos, deve ter uma política consequente e estratégica para encontrar e conservar as terras raras.

A MÍDIA NA BERLINDA: o escândalo que estourou na Inglaterra em 6 de julho, relativamente ao comportamento de jornalistas do grupo de mídia News Corporation deve reacender as discussões sobre a preservação da privacidade das pessoas. Jornalistas inescrupulosos, aéticos, apagaram mensagens da caixa postal de uma jovem desaparecida (Milly Dowler), além de violarem os telefones de vítimas de estupro, soldados mortos, membros da família real, atores, esportistas e políticos. O alvo são as celebridades. O grupo de midia News Corp. pertence ao magnata das comunicações, o australiano Robert Murdoch. Nas últimas décadas, a imprensa vem se especializando em escândalos, procurando atender a um público ávido por saber sobre a vida das celebridades. Esse comportamento deveria ter limites. Os limites devem estar situados em divulgar somente a verdade e preservar a privacidade das pessoas. No Brasil, com a abolição da lei da imprensa, um entulho autoritário dos tempos da ditadura militar, o país ficou sem leis protetoras. Está na hora de pensar nisso.

FRASE: "No mundo midiático contemporâneo - no qual imagens são incomparavelmente mais poderosas do que as palavras - esse desfile equivale a uma condenação sem julgamento. E não existe possibilidade de se apelar de uma condenação no tribunal do YouTube". Timothy Garton Ash, professor da Universidade de Oxford, falando sobre as profundas diferenças entre as atitudes francesas e americanas em relação às questões de publicidade e reputação, no caso de Dominique Strauss-Kahn (Estadão, 08-07-11).

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 27/07/2011
Número de Visitas: 2948

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