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UGT Press - Saúde dos povos

Nº 0260 - 07 DE OUTUBRO DE 2011

SAÚDE MUNDIAL: os problemas de saúde em alguns países, incluindo Brasil e Estados Unidos, chegaram a um ponto crítico. Nos Estados Unidos pela falta de assistência aos pobres, aqueles que não podem pagar um seguro-saúde. No Brasil, pela falta de atendimento médico e hospitalar, pelas enormes filas e falta de cuidados essenciais. No entanto, a insensatez continua sendo a marca registrada da humanidade: o que se gasta em armamentos ou gastos militares a cada mês, calculados em 50 bilhões de dólares, daria para atender todos os carentes do mundo durante um ano. Conheça algumas realidades: de cada dois indivíduos no mundo inteiro, um jamais será atendido por um verdadeiro profissional de saúde; de cada três, um não tem água potável à disposição; e de cada quatro crianças no mundo, uma é subnutrida. Com essa realidade, realmente pode-se dizer que a saúde mundial está com problemas.

IDEALISMO VERSUS REALIDADE: mesmo em países desenvolvidos, em geral, os jovens entram nos cursos profissionalizantes de saúde com altos ideais humanitários. A maioria, porém, sucumbe aos apelos da boa vida cotidiana e, em nome dos hábitos de consumo, desejo de alto nível de vida, conforto e outros pequenos pecados da modernidade, com avareza, orgulho e ambição, além das próprias exigências da profissão (seguro contra imperícia, por exemplo), vão gradativamente passando de idealistas a interesseiros. Mudam com o tempo, alguns muito rapidamente, em que pesem as muitas e honrosas exceções de sempre. Parte da indústria farmacêutica pode ser responsabilizada e contribui para o desvirtuamento de muitos jovens profissionais. Mas, essa não é a razão maior dos problemas de saúde no mundo. Os maiores problemas estão a léguas de distância dos profissionais da área. Os trabalhadores empregados do setor, em geral abnegados, sofrem com péssimas condições de trabalho e maus salários.
  
IMPACTOS SOBRE OS NÍVEIS DE SAÚDE: estudos das Nações Unidas sobre o tema mostram a necessidade de rever as estratégias para a melhoria da saúde das populações. Entre os fatores estudados e de maior impacto estão "a assistência médica, o estilo de vida, o tamanho da população e das famílias, o nível de alfabetização e de educação feminina, os fatores econômicos, os fatores ambientais e as estruturas de poder (quem manda na sociedade)". Na análise de cada ponto, algumas surpresas, Assistência médica: o acesso aos serviços é mais importante do que padrões elevados. Os Estados Unidos têm o padrão mais elevado do mundo e, no entanto, estão em último lugar dentre os países desenvolvidos no que se refere à assistência à população; estilo de vida: o estilo de vida influencia, mas, no geral, não é determinante, além de colocar a culpa no indivíduo e não nas instituições; tamanho da população e família: famílias numerosas costumam ser o resultado da pobreza e não o contrário. Em geral, controles demográficos tiveram muito pouco impactos em países muito pobres; alfabetização e educação feminina: está provado que a alfabetização tem grande impacto na melhoria da saúde e a educação feminina é importante fator de conhecimento das prevenções; fatores econômicos: a pobreza é claramente uma das causas latentes de doenças e mortes precoces. A mortalidade infantil nos países pobres é muito superior à dos países desenvolvidos; fatores ambientais: está provado que a ação do homem sobre o meio ambiente, degenerando-o, tem impacto devastador sobre a vida na Terra, com consequências incalculáveis para a própria preservação da vida; estruturas de poder na sociedade: determinados tipos de indústrias (fumo, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, conservantes e outros produtos perigosos, armas, etc.) têm enorme influência sobre os costumes e concorrem definitivamente para a piora do estado geral da sociedade, especialmente a saúde.

O QUE PODEMOS FAZER: como diz o Dr. David Werner, coordenador regional do Conselho Internacional da Saúde dos Povos, em artigo para a Associação Americana de Estudantes de Medicina, de onde tiramos algumas conclusões e exemplos, devemos ter profissionais de saúde voltados para "a promoção de saúde da comunidade". Então, medidas como o "Plano 36" (México, criando o "conselheiro de saúde"), "médicos descalços" (Bangladesh, criado por Zefrullah Chouwdhury), "médicos de família" (criação brasileira, ainda em desenvolvimento), "conhecimento de medicina natural" (com adiantado desenvolvimento em vários países, inclusive no Brasil) são essenciais para baratear o custo da assistência médica e implantar programas de medicina preventiva, distribuição e aplicação de vacinas e outras práticas que ajudam a aumentar o conhecimento da comunidade em saúde e higiene.

SUS: O Sistema Único de Saúde foi uma boa invenção brasileira e tem servido de inspiração para outros países. Contudo, mesmo entre nós, ele não foi devidamente implantado e desenvolvido, sofrendo toda a sorte de inconvenientes próprios da cultura brasileira. Contra a sua eficiência estão a ineficácia e morosidade governamental, os planos de saúde, quase toda rede de saúde privada do Brasil e a desorganização generalizada de todas as partes envolvidas. Faltam recursos, mas falta também vontade política.

EMENDA 29: o presidente do Sinsaúde de Campinas, Edson Laércio de Oliveira, defende a aplicação da Emenda 29, aprovada em 2000. Ele diz que os governos incluem como gasto de saúde uma série de verbas indevidas e que, mesmo assim, alguns Estados confessam que não cumprem o determinado. Para lembrar, a Emenda 29 determinou que Estados e municípios devem aplicar, respectivamente, 12 e 15% dos seus recursos no setor de saúde. Edson afirmou em artigo publicado no site da União Geral de Trabalhadores (www.ugt.org.br) que "a discussão que gostaríamos de assistir é aquela em que nossos legisladores, administradores e políticos em geral debatessem formas de melhoria do atendimento à saúde da população". Ele quer ainda mais investimentos na qualificação dos profissionais do setor.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 28/12/2011
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