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UGT Press - Economia Informal e PEA

Nº 0269 - 05 DE DEZEMBRO DE 2011

ECONOMIA INFORMAL: em alguns países da América Latina, a economia informal já utiliza mais de 50% da PEA (População Economicamente Ativa). Já em países da América Central, essa utilização alcança ¾ da PEA. A economia informal, que recebe denominações diversas, conforme as terminologias nacionais vão se moldando, é um fenômeno recente, embora residualmente sempre tenha existido na história das economias nacionais. Seu recrudescimento ocorreu a partir das três últimas décadas do século passado. Nas proporções alarmantes, seu aparecimento se deve a alguns fatores: concentração de renda e desemprego, ocasionados pela aplicação do receituário neoliberal e pelas inovações tecnológicas e metodológicas. O mundo produz empregos em quantidades insuficientes para atender a demanda provocada pelas altas taxas de natalidade da segunda parte do século 20 e pelo êxodo rural.

SAÍDA: para os “inimpregáveis”, trabalhadores desqualificados ou desempregados tecnológicos, em boa parte, a saída tem sido a economia informal. Esse contingente de trabalhadores é especial porque não se conforma com a situação imposta pela modernidade e muitas vezes, sai em busca de soluções engenhosas e criativas. É possível encontrar pessoas que conseguiram, em meio a crises e situações conjunturais, abrir um negócio, descobrir um nicho de atividade ou mesmo se localizarem em novos serviços, nos quais lograram a sobrevivência de suas famílias. São pessoas extraordinárias, com rara capacidade de adaptação. O país ganharia muito em preparar melhor essas pessoas, dotando-as de novas qualificações.

SHOPPINGS SOCIAIS: José Artur Aguiar, responsável pelo tema de economia informal na diretoria nacional da União Geral dos Trabalhadores, tem defendido os chamados “shoppings sociais”. É uma invenção bem brasileira: um local destinado à concentração de pessoas que estão fazendo negócios nas ruas e praças e que buscam o sustento para suas famílias. Algumas cidades compraram a idéia. São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, foi capaz de tirar os camelôs da Praça D. José Marcondes e situá-los num dos andares da Estação Rodoviária. Outras cidades estão tomando iniciativas semelhantes, mas ainda são praticamente exceções. Há sempre uma preocupação com o tipo de negócio predominante: evidentemente, não pode ser fruto da pirataria ou contrabando.

GRANDES EMPRESAS ENXERGAM OPORTUNIDADES DE VENDA: Avon, Natura e, agora a Nestlé, são grandes empresas que se aproveitam desse nicho especial de vendedores porta a porta, em geral trabalhadores/as informais sem qualquer garantia de emprego ou proteção social. São pessoas que trabalham por comissão. A Nestlé, a última a olhar com atenção para essa oportunidade, está trabalhando com venda de produtos alimentícios, focando o potencial de compra dos pobres. O programa, batizado de “Nestlé até Você”, desde 2009 está contratando distribuidores e revendedores, montando postos de vendas em grandes cidades do Brasil. Diz o presidente da Nestlé, Ivan Zurita: “Estômago não tem classe. Esse projeto funciona”. Ocorre que os alimentos processados não naturais, estão fazendo disparar os problemas de obesidade e diabetes, comprometendo os orçamentos nacionais.

MULTINACIONAIS NOS CRUZAMENTOS: nas grandes cidades brasileiras, é comum os vendedores ambulantes oferecerem produtos de grandes marcas, produzidos por multinacionais. Chocolates, baterias, bolachas, refrigerantes e até água, normalmente produtos fabricados por grandes empresas, estão à disposição nos cruzamentos. A comodidade e o espírito solidário do brasileiro são garantias de boas vendas. Registra-se que um vendedor ambulante, num cruzamento, anda mais de 10 quilômetros/dia e dificilmente fatura mais do que 700 reais mensais.

A IMPORTÂNCIA DA CNPL: a Confederação Nacional das Profissões Liberais reúne mais de 20 profissões diferentes e, como o próprio nome indica, são profissões nobres, consideradas liberais, em geral compostas por trabalhadores mais escolarizados, tidos como de elite. Desde 1995, a CNPL abriu-se para outras latitudes, buscando parcerias nacionais e internacionais. Primeiro com a CAT (Central Autônoma de Trabalhadores), depois com a CLAT/CMT (Confederação Latino Americana de Trabalhadores e Confederação Mundial do Trabalho). O seu ex-presidente, Luis Eduardo Gautério Gallo chegou a ser tesoureiro da CLAT. A CNPL também passou a fazer parte da UMPL (União Mundial das Profissões Liberais, com sede em Paris, França) e, atualmente, o seu presidente, Francisco Antonio Feijó, acumula a presidência das duas entidades.

ABERTURA DA CNPL: essa abertura da CNPL foi benéfica para o conjunto de trabalhadores que ela representa. No amplo processo de fusões, quando a CMT se uniu com a CIOSL e criou a CSI (Confederação Sindical Internacional) e, depois, a CLAT se uniu com a ORIT e criou a CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas), a CNPL emergiu como filiada tanto à CSI quanto à CSA, ombreando-se com as três maiores centrais sindicais de trabalhadores do Brasil (CUT, FS e UGT). Agora, quando se aproxima o 2º Congresso da CSA, previsto para abril de 2012, no Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), a CNPL faz uma importante contribuição financeira para a estrutura do congresso, acompanhando o gesto das centrais brasileiras. A CNPL recebeu o aplauso das três centrais brasileiras, em especial do presidente Ricardo Patah, da UGT.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 28/12/2011
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