ENERGIA EÓLICA: pelo menos duas usinas hidrelétricas têm sido contestadas em função de fatores ambientais, lembrando sempre que o país dispõe de um caudal de possibilidades outras em termos de geração de energia. Parece que uma resposta positiva está surgindo no sertão baiano: algumas empresas começam a produzir aerogeradores para a geração de energia eólica na região da Chapada Diamantina. Primeiro, a francesa Alstom, posteriormente, a americana GE Energy, a espanhola Gamesa, a dinamarquesa Vestas e a brasileira Torrebrás, todas interessadas no grande potencial de ventos fortes do Estado da Bahia, que concentra 20% de todo potencial energético eólico do Brasil. Diz Jaques Wagner, governador da Bahia: "Nosso objetivo é transformar a Bahia em um polo de construção de equipamentos aerogeradores para suprir toda a demanda não só da Bahia, mas do Brasil e até de toda a América Latina" (Estadão 28-11). Calcula-se que a produção de energia da Bahia, depois de instalados os equipamentos nas fazendas do sertão baiano e do aproveitamento total das possibilidades, possa chegar a 29 mil MW, algo equivalente a duas Itaipu. Notícia muito boa.

UBE: a União Brasileira de Escritores (UBE) existe há décadas e realizou seu último congresso no mês de novembro, no período de 12 a 15, na cidade de Ribeirão Preto, uma das mais importantes do interior de São Paulo. O congresso, como informou o jornalista Quartim de Morais, em artigo na página 2 do Estadão, teve três pontos negativos: "foi ignorado, com poucas e honrosas exceções, pelos escritores de maior renome e prestígio no panorama literário brasileiro; foi solenemente ignorado também, e aí sem exceções, pelos grandes veículos de comunicação; e, dentro da mesma lógica, minguaram os patrocinadores". A UBE não tem força política: no Brasil predominam as forças de mercado sobre a qualidade e o conteúdo das publicações; há notória desvalorização dos autores novos, sujeitos à implacável ditadura das grandes editoras; os escritores brasileiros desconhecidos sequer são considerados; há pouco espaço à literatura brasileira; há somente a valorização de celebridades midiáticas; e no mercado predominam obras estrangeiras, em geral best-sellers consagrados em seus países de origem. Apesar das enormes dificuldades, a UBE quer repetir seus congressos a cada dois anos.

CUIDADO COM A CHINA: baseando-se em reportagens de colegas, Elio Gaspari, criticou a vigarice (huyou) que há entre políticos chineses e brasileiros. O resultado das investigações de Patrícia Campos Mello e Gustavo Hennermann sobre os anunciados investimentos chineses para o Brasil foi pífio: de cerca de 20 bilhões de dólares prometidos, 25% não saíram do papel. Um dos negócios, dos mais alardeados, relativo ao suposto anúncio da Foxconn para produzir equipamentos eletrônicos, divulgado quando a presidente Dilma Rousseff estava em Pequim, não tem nada confirmado até o momento. Os verdadeiros negócios, estes plenamente confirmados, porém pouco divulgados, referem-se às compras de petróleo da futura produção do pré-sal brasileiro.

PLANOS DE SAÚDE: através de regra atualizada pela Agência Nacional de Saúde, o empregado demitido poderá continuar utilizando o plano de saúde empresarial. As normas são diversas e dependem do tempo de serviço na empresa. O trabalhador deverá assumir o pagamento das parcelas, de forma integral, do plano em vigor. A nova regra incluiu a possibilidade de portabilidade, possibilitando a transferência para outros planos de saúde. No Brasil, existem 240 operadoras de planos de saúde. Estranha-se que a norma tenha sido feita à margem dos sindicatos. Eles, contudo, prometem fiscalizar a nova norma.     
CONGRESSO DA CSA: conforme já noticiado neste espaço, o 2º Congresso da CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores/as das Américas) será realizado entre 15 e 21 de abril de 2012, em Foz de Iguaçu, no Centro de Convenções do Bourbon Convention Resort. Informações sobre o evento poderão ser obtidas na página da CSA na internet (www.csa-csi.org) ou solicitadas, a partir de janeiro de 2012, no e-mail congreso2012@csa-csi.org (obs: congreso com um esse (s) só, em espanhol). A UGT-Brasil, uma das maiores organizações filiadas à CSA, tem direito oficial a 12 delegados, sendo 8 titulares e 4 suplentes (há equilíbrio de gênero e exigência de jovens).