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UGT Press - O Brasil sob suspeita?

Nº 0291 - 15 DE MAIO DE 2012

BRASIL SOB SUSPEITA? o Brasil, em linguagem estrangeira, está bem e tem sido saudado como a Meca de novas oportunidades para negócios. No entanto, uma voz discordante surgiu nesse cenário de nuvens azuis: a revista Foreing Affairs publicou um artigo de Ruchir Sharma, especializado em países emergentes, onde ele sugere certas cautelas em relação ao Brasil. Elio Gaspari, que dissecou o assunto (Folha de São Paulo, A13, 06-05), disse que "o artigo é instigante quando sustenta que o Brasil é uma espécie de não China. Aqui, busca-se a estabilidade econômica, lá, o crescimento; cá, o real está sobrevalorizado, lá, o yuan é barato. O Brasil tem juros altos e sua taxa de investimento está em 19% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a China, com juros baixos, investe perto de 50%".

ALCOOLISMO: editorial da Rede Bom Dia (Bom Dia de São José do Rio Preto/SP, 30/04) lembra que "o mal do alcoolismo é um problema social, de saúde pública, e deveria merecer uma atenção especial de todos... Este é um mal que não faz mais distinção de idade, sexo ou poder aquisitivo. Acontece ali, ao seu lado, muitas vezes dentro de nossa própria casa, e precisa ser combatido por todos, com conversa, esclarecimentos e ajuda profissional". Está mais do que na hora de regulamentar a propaganda de bebidas, hoje ao alcance de crianças e jovens. No Brasil, o crescimento acelerado do consumo de bebidas alcoólicas é um dos mais altos do mundo, especialmente entre os jovens e as mulheres.

CHINA: o modelo chinês de desenvolvimento econômico - liberdade econômica e controle político - estaria dando sinais de esgotamento? Essa pergunta tem sido insistentemente formulada, mas as respostas são variadas. Por exemplo, no momento, suas relações com os Estados Unidos suscitam algumas dúvidas em função de ambos os países passarem por mudanças estruturais: enquanto os Estados Unidos querem colocar um freio na entrada de produtos estrangeiros baratos, a China precisa estimular o consumo interno de sua própria população, cada vez mais interessada em aumentar sua qualidade de vida. Aparentemente, são equações que combinam, mas, como disse Michael Spence, Prêmio Nobel de Economia, "ambos precisam reconhecer que o velho padrão de interdependência mutuamente benéfica se esgotou e que um novo modelo é necessário (Folha, B7, 29-04)".

PEDRO LUIZ PASSOS: para quem não conhece, Pedro Luiz Passos é o presidente do Conselho Curador do Iedi (Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial) e também presidente do Conselho de Administração da Natura, empresa brasileira moderna, de amplo sucesso comercial e que experimentou uma forte expansão mundial. O Sr. Passos vem sendo constantemente ouvido pelos meios de comunicação e é um interlocutor assíduo da presidente Dilma Rousseff. Entre as ideias defendidas pelo empresário está a elevação da produtividade brasileira, via reformas estruturais com foco na "reindustrialização" do país, priorizando os setores de ponta como "tecnologia da informação e produção de biocombustíveis". Em 29 de abril, ele deu uma entrevista de página inteira para o Estadão, onde afirmou: "Precisamos de uma agenda com a produtividade como tema central. Os grandes saltos dos países acontecem quando vêm junto com expressivos aumentos de produtividade".

PAULO KRUGMAN: o famoso economista disse: "Especialmente, dinheiro compra poder, e a crescente riqueza de uma pequena minoria na prática comprou a adesão de um dos dois grandes partidos, destruindo qualquer perspectiva de cooperação” (Folha, A24, 05-05). Ele se refere à falta de cooperação entre Democratas (PD) e Republicanos (PR) nos Estados Unidos, com os republicanos ficando à margem das questões sociais e relevantes. Eles (PR) apenas defendem os ricos, a queda dos impostos e as medidas de cunho econômico liberal. Diferentemente, com outros matizes, o mesmo acontece no Brasil - não com partidos políticos, todos farinha do mesmo saco -, mas com grupos econômicos e entidades privadas que viram de repente aumentados o seu poder de barganha ou influência. São grupos que não cooperaram para a solução dos problemas brasileiros. Sem pensar muito, citam-se bancos, usineiros, associações comerciais (sempre em campanha contra os impostos), sindicatos patronais a exemplo da poderosa Fiesp e outros, alguns encastelados no próprio poder, caso das bancadas representativas de setores econômicos no Congresso Nacional. No Brasil, esses novos nichos de poder têm demonstrado um fôlego espetacular, como os bancos na atual batalha para baixar os juros ou os usineiros na adição do álcool à gasolina, mesmo em momentos de escassez e preços altos.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 22/05/2012
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