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UGT Press - Rota da incompetência

Nº 0434 - 09 de fevereiro de 2015

REDES SOCIAIS X GRANDE IMPRENSA: as redes sociais estão sim, tendo influência no debate nacional. Cada vez mais isso será notado. A classe média, especialmente, vem sendo protagonista deste debate e discutindo com mais rigor as medidas governamentais, notadamente as econômicas. Fala o que talvez a grande imprensa não possa (ou não queira) falar. O fórum apropriado tem sido as redes sociais. Há que se descontar os ressentimentos eleitorais ali também destilados. Sobretudo, os noticiários televisivos vêm levando um baile da garotada: a ausência de opinião, a leitura anódina dos fatos e a “imparcialidade” dos veículos saltam aos olhos, mesmos dos telespectadores mais alienados ou despolitizados. É emblemática a postura de ódio à classe média de alguns dos nomes mais notórios da esquerda brasileira (Marilena Chauí, que o diga). Mas, pouco se pode fazer contra isso, embora alguns nomes de peso já estejam defendendo a censura na internet. Lutar contra esse tipo de censura ou de regulação é dever de todas as organizações sociais.

JOAQUIM LEVY: o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é um homem de seu meio, respeitado onde trabalha, embora não seja ainda popular. Do ponto de vista acadêmico, seu doutorado foi feito na Universidade de Chicago, um templo do liberalismo econômico mundial. Já fez parte do governo, ocupando o cargo de Secretário do Tesouro Nacional no governo Lula, quando Antonio Palocci era ministro da Fazenda. Em seu primeiro mês, anunciando medidas impopulares, mostrou-se calmo, comedido e transparente, apenas justificando a posição em função dos ajustes necessários. O jornal “O Estado de São Paulo” (11-01) deu meia página sobre o “fogo amigo”, informando sobre reclamações dos colegas de ministérios e de parlamentares do PT e da base aliada. Não deu bola. Também já se postou à frente do computador para responder as perguntas dos internautas. Há um novo estilo no Ministério da Fazenda e convém prestar atenção.
BNDES: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior banco brasileiro de fomento. Desde o mandato de Lula, o governo brasileiro vem alocando recursos do Tesouro Nacional para o BNDES. Calcula-se que esses repasses foram da ordem de 400 bilhões de reais, algo, no mínimo, impressionante. Mas, o BNDES, montado em bilhões de reais, ficou vesgo, deitou seu olhar para outros países e passou a financiar projetos executados por empresas brasileiras no exterior. Não seria ruim se internamente tudo estivesse pronto e acabado, o que não é o caso. Desconfia-se que, também aí está a nossa velha e inexpugnável promiscuidade entre o Poder Público e os grandes empresários, estes, em geral, sócios do Estado, conforme atesta a nossa história econômica. Nossos órgãos fiscalizadores (e nossa imprensa) ainda não descobriram nada de estranho nesses negócios, embora, vez ou outra algumas gotas de dúvidas sejam salpicadas em nossas redes sociais. Esperemos.

ROTA DA INCOMPETÊNCIA: já se sabe que nossos órgãos fiscalizadores e nossas polícias não estão aparelhados para confrontarem os inúmeros casos de desvios de recursos públicos, sejam da administração direta ou indireta, de empresas estatais ou mistas. Não há como se inteirar do fio da meada ou investigar, tecnicamente e a fundo, todos os fatos e suas interligações entre empresas, membros de governos e parlamentares da República. Para isso, seria necessário um número razoável de servidores públicos capaz de vasculhar os porões e compartimentos dessas repartições todas. Impossível com o pessoal que temos. Essa situação ajuda a perpetuar a impunidade, já que, quando esses casos chegam aos tribunais,  chegam cheios de erros e vícios de origem, tornando praticamente impossível o julgamento isento e reparador das ilegalidades. Isso, sem falar da morosidade que acompanha todo o processo. Uma solução seria permitir que os órgãos fiscalizadores ou policiais se valessem do concurso de empresas privadas de auditoria e contabilidade, uma complicação para lá de insuperável. Então, quando a impunidade se caracteriza, sobra a percepção popular de amplo conluio, levando ainda mais ao desgaste das instituições. 

ATUALIDADES: como foi previsto pelos comentaristas sérios, não seria possível manter a inflação sob preços artificialmente controlados. Olhando para trás, o 1,24% de inflação de janeiro eleva o índice dos doze meses para 7,14%, portanto acima da meta. Se olharmos para frente, o resultado só não é imprevisível porque o governo Dilma.2 entrou em 2015 observando os mandamentos da ortodoxia econômica. Mesmo assim, são poucos os que afirmam que a inflação ficará dentro da meta de 2015 (6,5%), Haverá complicadores permanentes: crise na energia, baixa produção agrícola e alta no dólar, todos esses fatores forçam a elevação de preços em vários setores. Efeito cascata. As previsões mostram que, nos primeiros três meses deste ano, a inflação superará 1% (um por cento) ao mês. Depois dos primeiros 100 dias do Dilma.2 é que teremos mais clareza sobre o que vai, de fato, acontecer. A única garantia de preços mais baixos, por enquanto, é a recessão e esta trará mais dor de cabeça. 
UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES
SINPEFESP
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Sede: Dr. Rafael de Barros, 625 - Paraíso - SP
Cep: 04003-043  - Tronco chave: (11) 3059-0010

Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 10/02/2015
Número de Visitas: 1570

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