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UGT Press - AS CAUSAS DO SEGUNDO TURNO





SEGUNDO TURNO: o que até 15 dias antes da eleição parecia improvável, aconteceu. O Brasil terá um segundo turno imprevisível, sujeito a chuvas e trovoadas. Agora, não faltarão analistas para mostrar as causas desse segundo turno indesejado pelas forças governistas. Em 25/09, UGTpress nº 200 publicou: "Neste momento, a grande dúvida é saber se o escândalo Erenice Guerra levará ou não a disputa para o segundo turno". Levou.


ERENICE GUERRA: diferentemente de outras denúncias e escândalos, forçados, explorados ou maximizados pela mídia nacional, o imbróglio Erenice Guerra teve nome, endereço e DNA. Tratava-se de nada menos do que a substituta de Dilma Rousseff, nomeada diretamente pela ex-ministra e candidata a presidente da República (Lula preferia Miriam Belchior, hoje gerente do Programa de Aceleração do Crescimento). O filho de Erenice, Israel Guerra, sócio da Capital Consultoria, estaria envolvido na intermediação de negócios com o governo. Essa foi a acusação principal.


RUBNEI QUÍCOLI: em entrevista ao Estadão (17-09), o empresário Rubnei Quicoli disse: "Eles não acreditaram que eu fosse denunciar tudo". A suposta operação começou a ser montada no ano passado e revelou uma rede de pessoas com ligações na Casa Civil e no BNDES. Segundo esse empresário, não houve envolvimento de Erenice. "Não houve dificuldades na Casa Civil. Fora de lá começou essa violência", afirmou Quícoli. Há contradições. Contatos com pessoas desqualificadas, fora do governo, mas com supostas ligações com a empresa Capital Consultoria. Tudo nebuloso, mas suficiente aos olhos da oposição e da mídia.


EMPRESÁRIOS NÃO FALAM: em geral, empresários não falam sobre os porões das intermediações, sobre lobbystas ou sobre facilitadores, normalmente figuras bem presentes em todos os governos deste país. Rubnei Quícoli parece ser um empresário menor, daqueles que aparecem do nada, mas com informações diversas, capazes de agradar parte do espectro político. Constroem um iceberg.  Sabe-se que os icebergs têm a sua maior parte submersa. Daí, as complicações e confusões para entender o caso. Mas, não seria preciso entender. Bastaria que fosse potencialmente letal.


ENTREVISTA: quando situado no olho do furacão, Rubnei Quícolí revelou ao Estadão que pertenceu à juventude socialista, participou de eventos do PSDB de Campinas e já foi processado duas vezes. Consta que tenha também sido preso. Apesar desse currículo, no mínimo duvidoso, ele balançou os alicerces da Casa Civil, derrubou a ministra Erenice Guerra e, com o caso, levou a eleição a um até então improvável segundo turno. Entra para a história como uma espécie de herói maldito.


PARENTALHA: não é a primeira vez (nem será a última) que a parentalha de um político ou administrador público de relevância coloca tudo a perder. Nesse caso, sobressaem diversas novidades: a reduzida idade de seus atores (Israel Guerra, filho de Erenice, tem pouco mais de 20 anos); a história da ministra, toda ela construída em Brasília onde trabalham os seus parentes, muitos deles no serviço público; e o aparente amadorismo da operação, deixando pontas e pistas capazes de suscitar suspeitas e desconfianças. Suspeitas e desconfianças que levaram a candidata do governo a perder cinco pontos percentuais das intenções de voto.


DEMISSÃO: o presidente Lula agiu rápido e demitiu a ministra. Isso revelou que havia dados submersos, capazes de interferir (como interferiram) no resultado das eleições. Não foi mais uma daquelas simples (porém, condenáveis), revelações de dados da Receita Federal e longe do entendimento popular. O caso Erenice tratou-se de uma amostra do mecanismo de intermediação de negócios na área pública. Enfim, o imprevisto bateu à porta do Palácio do Planalto e tirou a calma da situação.


O VENDAVAL: aí veio a borrasca: a) Marina Silva cresceu nos estratos da classe média; b) José Serra recuperou-se em São Paulo e venceu onde estava perdendo; c) uma abstenção ligeiramente maior do que a prevista; d) a diminuição de votos de Dilma no norte e nordeste, algo imprevisível; e) o desempenho regular, previsível, da candidata governista nos debates eleitorais, não se mostrando à altura da missão colocada sobre os seus ombros pelo presidente Lula; f) o furor da imprensa paulista, levando ao fenômeno (a ser discutido ainda) de "privatização das eleições"; g) a batalha pela internet, de efeito duvidoso sobre os resultados, mas claramente perdida pela candidata governista; h) o comportamento presidencial (muito agressivo) nas duas últimas semanas de campanha. São fatos que não explicam tudo. Há mais. Nos próximos dias, certamente teremos uma visão melhor de todo o quadro. O certo é que teremos nova eleição pela frente.












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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 05/10/2010
Número de Visitas: 3463

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