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UGT Press - Uma eleição para ignorantes






ELEIÇÃO PARA IGNORANTES: o fraquíssimo desempenho dos dois candidatos no segundo turno, a ausência de propostas, a entrada da religião como componente eleitoral, o festival de promessas impossíveis de serem cumpridas, a apelação pura e simples, a imitação de programas e idéias, o uso da internet para disseminação de boatos e tudo o que vemos no horário eleitoral gratuito, mostra bem que a propaganda da eleição brasileira é destinada a um público ignorante. Ambos vão à Aparecida do Norte. Ambos adulam os evangélicos. Ambos prometem creches, estradas e ferrovias. Ambos prometem cursos profissionalizantes. De uma hora para outra, ambos viraram defensores do meio ambiente. Ambos ressuscitaram temas do passado. Ambos se dizem cidadãos ilibados. Enfim, ambos prometem mundos e fundos. A eleição parece uma corrida surrealista. Palpite: vai vencer quem mentir mais e melhor!


DOIS ENGODOS: o professor Fernando Abrucio, da Fundação Getúlio Vargas, articulista da revista Época, falou sobre os engodos do segundo turno. Ele entende que os temas debatidos revelam oportunismo eleitoral. Os candidatos não estão mostrando verdadeiramente o que são. Qualquer que seja eleito, certamente, descumprirá as promessas e terá que contrariar algumas das idéias que defende por oportunismo. Duas delas, abordadas pelo professor: a questão do aborto e das privatizações. Enfim, assistimos a um jogo de “faz de conta”. E, acredite, tem gente se matando por isso.


MARQUETEIROS:  o que parecia nivelado no primeiro turno apareceu com força no segundo turno: os marqueteiros. Quando eles entram em cena, a maquiagem melhora e aumentam as promessas. Fazem sofisticados layouts, desenhos animados e contratam atores para desancar o adversário. Por incrível que pareça, o maior marqueteiro do primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desapareceu momentaneamente no segundo turno. Suas aparições foram módicas, comedidas e sem grande alarde. Deixou Dilma se virar nas duas primeiras semanas. Do outro lado,  José Serra está se mostrando ao máximo, virou professor de moral e cívica.


BATER NÃO RESOLVE: há uma crença generalizada entre os políticos, combatida por 9 entre 10 marqueteiros, que bater no adversário rende votos. Não rende. O povo não gosta disso. Foi moda no bipartidarismo e no início desta nossa frágil democracia. Influência do modo americano de fazer política. Lá também está mudando, caso contrário Bill Clinton não teria terminado o seu mandato e nem Obama teria vencido as eleições. A vitória da maioria dos governistas no primeiro turno mostra que o povo avalia aquilo que está funcionando. Se a vida melhora, o eleitor não muda, continua. Via de regra, o continuísmo é fruto dos resultados de um bom governo. As reeleições, depois que essa modalidade foi implantada no Brasil, mostram isso. Portanto, se a acusação não for devidamente comprovada, bater é perda de tempo e, provavelmente, faz perder votos. 


INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO: depois de 31 de outubro, uma discussão séria não pode ser adiada:  o papel dos meios de comunicação nas eleições. Neste ano, mais do que nunca,  há visíveis tendências que procuram beneficiar um lado ou outro. Mais claramente, beneficiando a oposição. Capas de revistas, manchetes de jornais, matérias nos programas televisivos, tudo parece ter um endereço, um objetivo. Depois,  esse material é reproduzido no horário eleitoral gratuito, onde atinge milhões de eleitores. Como o brasileiro (e a maior parte da população mundial) ainda não aprendeu a decodificar o jargão jornalístico, mostrar o material se torna parte de uma provável verdade. Nem sempre e, na maior parte das vezes, não. Manchetes e capas são suspeitas. Hoje, em geral, os meios de comunicação pertencem a grandes conglomerados econômicos, com interesses bem localizados.


 HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO: teve influência relativa no primeiro turno. Serviu, sobretudo, para que os brasileiros conhecessem quem era a candidata do presidente Lula. Agora, no desenrolar do segundo turno, certamente terá maior impacto, sobretudo porque intercalado a jornais noticiosos de grande penetração, como é o caso do Jornal Nacional da TV Globo. No primeiro turno foi longo e aborrecido. No segundo turno, mais curto e mais ágil. Em conseqüência, mais visto. Por isso,  cresceu a importância dos marqueteiros. 




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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 19/10/2010
Número de Visitas: 3240

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