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UGT Press - Eutanásia

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Nº 0457 - 28 de junho de 2015

EUTANÁSIA: euthanasia em grego quer dizer "boa morte". É processo de ação ou omissão que acelera a morte de um paciente e tem como objetivo evitar sofrimento e dor. Assunto velho, ocupou o pensamento clássico dentro da concepção "a vida indigna não deve ser vivida". Há registros que Hipócrates, considerado um dos pais da medicina, proibiu os médicos de praticar eutanásia ou oferecer ajuda para pacientes cometerem suicídios. Conta que Francis Bacon, pensador inglês, foi pioneiro em apresentar nova abordagem sobre o assunto, utilizando o mesmo termo (eutanásia). A eutanásia está estreitamente ligada ao desenvolvimento da medicina e à expectativa de vida das populações. Nesse prisma, constatamos que a medicina não venceu a morte, mas a vem adiando cada vez mais. Há países onde existe aproximadamente 1% das pessoas com mais de 100 anos. Viver mais se tornou um objetivo, porém todos querem ter vida digna, com qualidade. Quando alguém é acometido de doença terminal insanável, com perspectiva de índices insuportáveis de sofrimento e dor, a eutanásia é lembrada como possível solução.

MORTE ASSISTIDA: vem ganhando espaço nos parlamentos a discussão (em certos países com aprovação) de projetos de lei que autorizam as pessoas a darem cabo da própria vida, em função de doenças terminais irreversíveis ou na situação de sofrimento insuportável antes da morte, prevista e inevitável. Há exemplos dramáticos de criaturas que recorrem à Justiça (veja abaixo) para obter esse direito. Aí surge a primeira pergunta: é um direito? Em geral, permeiam os debates questões religiosas, éticas e morais. Discussão que ocupou a mente de pessoas importantes, intelectuais, escritores, médicos, religiosos e governantes. Os interessados procuram alternativas, mas elas são normalmente complicadas.

LEGISLAÇÃO: a Suíça, em 1942, foi o primeiro país a permitir a ajuda para pessoas que desejavam morrer. Lá existe uma clínica filantrópica (Dignitas) que ajuda pessoas do mundo inteiro a realizar o desejo de morrer. De acordo com a declaração de um de seus diretores (Silvan Luvey) à revista The Economist, a clínica está sobrecarregada de trabalhos. Esse tipo de atividade deu à Suíça a estranha reputação de praticar "turismo suicida". De fato, por muito tempo, a Suíça foi o único lugar do mundo em que era possível obter uma morte assistida. Em geral, essas leis apareceram quase concomitantemente com a descriminalização do suicídio. Em 1994, Oregon foi o primeiro estado americano a aprovar a lei "morte com dignidade". A Holanda legalizou o procedimento em 2002, exemplo seguido pela Bélgica. Muitos se lembram do "Doutor Morte" (Jack Kevorkian), médico americano, que admitiu ter despachado 130 pessoas pacientes para o além. Ele cumpriu oito anos de prisão e recebeu ampla condenação dos colegas e da opinião pública. No mês de junho e julho, o debate tomou conta da Colômbia, o primeiro país da América Latina a tratar do problema. O pai do caricaturista "Matador" (Júlio César Gonzalez), senhor Ovídio Gonzalez, de 79 anos, reivindicou o direito a uma morte assistida. O caso, pela popularidade de Matador (codinome do caricaturista) e por suas charges comoventes (ele apoiou a decisão do pai), mobilizou o país e todos se envolveram na discussão. Ovídio Gonzales, depois de idas e vindas ao Judiciário colombiano, teve morte assistida em 07/07/2015.

SUICÍDIO: o suicídio é a forma mais radical de atentado à vida. Considerado um delito em muitas legislações e um pecado na maioria da religiões, o suicídio, em geral, é debitado a problemas de saúde (depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos de personalidade, etc.) ou a fatores estressantes (relações interpessoais, dificuldades financeiras, vícios, etc.). O harakiri no Japão, em passado recente, inspirava respeito. O sati na Índia, a imolação das viúvas que se atiravam nas fogueiras onde estavam sendo cremados os seus maridos, foi proibido. Os judeus não permitem o enterro de suicidas no mesmo local dos demais mortos e, no Brasil, tornou-se famoso o caso de Vladimir Herzog: os militares disseram que ele havia se suicidado na prisão, mas graças a coragem do rabino Henry Sobel, Herzog teve enterro decente dentro da tradição judaica. O suicídio é a décima causa de morte no mundo e não pode ser confundido com eutanásia.

OUTROS FATORES: primeiro, considerar que, se para os pacientes terminais colocarem fim à dor e ao sofrimento é um passo difícil, para os governos e para os planos de saúde é um alívio, pois estanca gastos inúteis e, não raro, caríssimos; depois, do ponto de vista cultural, a humanidade sempre impôs sacrifícios aos animais, seja por sofrimento ou por motivos econômicos. Ambas são situações que influenciam a decisão em favor da eutanásia. Contra, há a força das religiões e os novos costumes, sobretudo os de defesa dos animais. Mande a sua opinião para UGTpress.

UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES
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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 28/07/2015
Número de Visitas: 1657

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