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UGT Press - Eleições, as razões de cada lado. - 08/11/2010





RAZÕES DA VITÓRIA: Luiz Inácio Lula da Silva. Lula e seu governo. Lula e suas circunstâncias.

 

RAZÕES DA DERROTA: não faltarão os "analistas do depois”, aqueles que, após um desastre, apontam as causas. Nesta primeira semana, dizem o visível: a) que Serra não teve plataforma eleitoral própria; b) não se colocou como oposição, assustado com os altos índices de popularidade do Presidente Lula; c) fez promessas que contrariavam o ideário político do PSDB; d) maquiou idéias e iniciativas bem-sucedidas do governo Lula, apresentando-as com novas roupagens; e) fez da crítica o seu principal instrumento de campanha; f) "apelou" ao apresentar propostas economicamente inviáveis e eleitoralmente demagógicas; g) e muitas outras: apresentação tardia da candidatura; pouco empenho de seus companheiros no primeiro turno, sobretudo de Minas Gerais para cima (lembram-se do Dilmasia?), algo difícil de modificar ou reverter no segundo turno; ser portador de certa arrogância intelectual, achando que tudo sabe; e apresentar-se de maneira pouco crível, transparecendo insinceridade.


DIFERENÇA DE VOTOS: os mais de 12 milhões de votos que separam Dilma de Serra poderiam ser debitados ao Programa Bolsa Família? Não se sabe o alcance do programa eleitoralmente, mas, certamente, ele influiu nas regiões mais pobres do país. Essa será uma boa desculpa para a oposição e pode-se esperar muitas críticas de seus parlamentares no Congresso Nacional. É também um bom debate para o futuro.


CONGRESSO NACIONAL: teoricamente, há uma folgada maioria para a chamada "base de sustentação" do futuro governo. Mas, sabe-se que os parlamentares não são fiéis à sua origem eleitoral. Há um enorme leque de interesses. Eles vão desde a negociação por cargos até outros tipos mais heterodoxos de barganha. Será difícil satisfazer as bases fisiológicas. É de se esperar, em função da fragilidade do sistema partidário brasileiro, uma troca de posições políticas, com adesismos na oposição e defecções nas fileiras governamentais.


GOVERNO DILMA: difícil mudar qualquer coisa no primeiro ano. Não há racionalidade na mudança. O povo votou pela continuação. Permitem-se aperfeiçoamentos pontuais. As pessoas que conduzirão a transição podem ser um primeiro sinal. Dutra, Cardozo, Pimentel e Palocci, entre outros, são figuras conhecidas, porém não necessariamente iguais. Há matizes, tendências e, peculiaridades, mas não uniformidade. A equipe ministerial de Dilma poderá dizer mais, mas não tudo. A primeira equipe refletirá o momento, onde duas palavras se sobressaem: lealdade e continuidade. A tradição em casos pregressos, lamentavelmente, mostra o invariável desentendimento entre criatura e criador.


APEQUENAMENTO DOS PARTIDOS: mais uma vez, as eleições apresentaram a supremacia das pessoas sobre as agremiações políticas. A eleição de Dilma é fruto do trabalho de um homem e não de um partido político, em que pese a inegável ligação com o Partido dos Trabalhadores. No caso de Serra foi pior: ele alardeou no segundo turno a intenção de um projeto de unidade nacional, acima dos partidos políticos. Nos dois casos, amplas coligações de partidos que agora passarão a trabalhar não em grupos, mas isoladamente, buscando cargos e participação no futuro governo. Fisiologismo explícito, desvinculado de ideários e programas. 




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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 08/11/2010
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