SILVIO SANTOS: em qualquer país sério do mundo, alguém que provocou um prejuízo de quase quatro bilhões de reais não ficaria rindo aos domingos na televisão. Mas, não. Os resultados da negociação feita por Silvio Santos com o Fundo Garantidor de Crédito, segundo a Folha de São Paulo (06-02), foram auspiciosos para o Banco Panamericano. Silvio Santos simplesmente "saiu com o patrimônio intocado e sem dívidas". Assim, é para rir mesmo!

PROGRAMA DO PSDB: a notícia política mais discutida da última semana foi a formatação do programa televisivo do PSDB, partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Duas ausências paulistas foram notadas: a do ex-candidato José Serra e a do atual mais votado senador da República, Aloysio Nunes Ferreira Filho. Boa parte do programa foi dedicada ao próprio FHC, que respondeu a pergunta dos jovens. Também apareceu bem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-governador de Minas Gerais e atual senador, Aécio Neves. A primeira grande reação veio do senador Aloysio Nunes, em entrevista ao Diário da Região, de São José do Rio Preto (SP). Para o senador paulista, "o PSDB erra ao se dividir em disputa interna pelo controle do partido e acusa Guerra [Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB] de insuflar movimento anti-Serra". Depois, o jornal "O Estado de São Paulo" também entrevistou Aloysio Nunes.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: começa a ficar evidente que o Brasil precisa investir séria e rapidamente na modernização da gestão pública. Medidas simples, como informatização ou terceirização de serviços para os quais o Estado não mostra nenhuma aptidão, podem economizar bilhões de reais. O exemplo mais significativo foi a economia que fez o Estado de São Paulo, de 32 bilhões de reais, de 1995 a 2008, com a informatização do IPVA e do BO (Estadão, A-10, 06-02). Outros estados e prefeituras estão se voltando para o tema, sabendo que a gestão pública está deteriorada e somente eficientes choques de gestão poderão recuperá-la.

BARACK OBAMA: espera-se muito da visita de Barack Obama ao Brasil, prevista para março próximo. Dilma Rousseff vai receber o presidente americano sabendo das dificuldades que foram impostas pelas posições do governo anterior de Lula, especialmente em relação ao Irã. Mas, novo governo, vida nova. É bem provável que haja um novo alinhamento entre Estados Unidos e Brasil, com melhor relacionamento para o futuro. Uma coisa, porém, é conhecida: os Estados Unidos não vão apoiar o Brasil para membro permanente do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O assunto talvez nem seja discutido.

JOSEPH STIGLITZ: o economista, prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, deu entrevista ao jornal O Globo em Davos. Marco Roza, jornalista da União Geral de Trabalhadores, reproduziu a entrevista em seu clipping diário. O consagrado economista diz, entre outras coisas, que o combate à inflação não se faz só subindo os juros, porque isso afeta os trabalhadores duplamente: na elevação dos preços dos alimentos e na perda de empregos por retração econômica.