A greve do dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência, teve resultados expressivos. Houve paralisações pontuais em praticamente todos os estados da Federação, com manifestações silenciosas, de ruas vazias, dentro da filosofia arquitetada pelas centrais trabalhistas.
O movimento ganhou força, principalmente no início da manhã, com interrupções nos serviços de transporte público de várias cidades brasileiras, além de bloqueios pontuais em estradas.
"Creio que a greve mandou seu recado ao governo. A classe trabalhadora não está contente com as mudanças e, também, com a situação de desemprego e achatamento salarial promovido pela recente reforma trabalhista. O ponto alto foi, sem dúvida, a união de todas as centrais em torno de um mesmo objetivo, esquecendo diferenças ideológicas em prol de um bem maior", afirma o vice-presidente do Sinpefesp, Antonio Rogério Magri.
José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, presidente do Sinpefesp, concorda com Magri e acrescenta:
"O grau de mobilização e amadurecimento político das categorias vem aumentando significativamente. Durante a greve, o Sinpefesp realizou ações em mais de 100 academias e clubes de São Paulo, conscientizando as pessoas quanto aos prejuízos que a reforma da Previdência trará para a classe trabalhadora", salientou Toninho.
Tanto para ele quanto para Magri, é imperativo que as lideranças trabalhistas mantenham contato estreito com os parlamentares, em Brasília, demonstrando as injustiças sociais decorrentes da reforma.
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