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É preciso lutar contra um sistema que despreza o óbvio
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É preciso lutar contra um sistema
que despreza o óbvio
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O aumento exorbitante de 25% aplicado aos Planos de Saúde, se contradiz ao índice de inflação de 3,5%, que considero moderado.
Fica patente o desequilíbrio da equação. O fermento utilizado pelos Planos é dos mais poderosos. Injustos, também, lógico.
Quem pode pagar por reajustes tão absurdos, que foge ao limite de toda e qualquer vergonha na cara?
O problema é que a corja endinheirada opera na saúde, que é o bem mais precioso da pessoa.
Ainda mais quando se sabe, grosso modo, que 90% das famílias brasileiras não ganham três salários mínimos (sendo positivo) e mais de 30 milhões estão abaixo da linha da miséria.
Uma Nação que se quer minimamente civilizada deve ter acesso à saúde, tanto preventiva quanto curativa.
Por onde andam os interesses dos senhores legisladores, cercados por lobbies sinistros que os elegem? A ganância pelo Poder os deixa mudos.
O que faz o Congresso Nacional para corrigir esse impensável desequilíbrio, deixando o aumento dos planos, à base do Deus dará?
E olha que estamos sendo governados por pessoas que primam por cumprir pautas sociais.
É verdade. Temos o SUS que, na medida do impossível, faz milagres permanentes. O Sistema é ótimo, mas precisa de investimentos massivos. E para ontem.
Qualquer paralelepípedo obtuso, de boca de mato, sabe que estamos, aqui, discutindo o óbvio. 3,50% de reajuste salarial não banca 25% de aumento nos Planos.
Se formos ao Zoológico e questionarmos a uma anta a respeito da situação, ela se indignará: “Ai Jesus Maria José, como pode?
Destaco um problema por mim detectado há anos. O brasileiro, diante de tantos e absurdos desmandos, perdeu a capacidade de se indignar.
É imprescindível fortalecer o elo entre a população e seus governantes.
Mas a sanha da extrema direita, do malfadado governo anterior, trabalhou de forma corrosiva no processo de limitação de entidades de defesa da sociedade, como os sindicatos, por exemplo.
Com a reforma trabalhista havida no Governo Temer, devidamente alimentada por quem o sucedeu, perdeu-se perto de 130 direitos do trabalhador. Direitos legitima e historicamente conquistados.
E, lógico, a máquina fascista amordaçou as entidades sindicais monetariamente, num processo de laboratório criado para descobrir com quantas pernas uma aranha ainda pode andar antes de ser chamada de surda.
Vi muitas entidades de defesa dos trabalhadores abrirem falência, fechando portas imprescindíveis ao estado de direito.
Não há outra saída. Coração de patrão bate no bolso.
Precisamos nos mobilizar e cobrarmos do Congresso Nacional o cumprimento de seu papel de criar leis, mas, sobretudo, de fiscalizar aumentos exacerbantes, que cortam a vontade social em suas carnes.
Os direitos fundamentais precisam ser reatados e protegidos!
Antonio Rogério Magri
Presidente do Sinpefesp, consultor sindical e ex-ministro do Trabalho
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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 06/02/2024
Número de Visitas: 347
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