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Em Defesa dos Contadores

 

UGT

UGT press
Nº 0196 - 8 de setembro de 2010


CONTADOR: o contador Antonio Carlos Atella está aprontando. Não bastasse o caso da procuração falsa para retirar dados de Verônica Serra na Receita Federal, ele agora pratica o esporte de dizer e desdizer. Gostou dos holofotes. Noves fora o caso em si, Atella está manchando a reputação de uma classe operosa. Historicamente, os contadores são um patrimônio nacional. Na administração pública sempre foram os guardiães da moralidade. Na iniciativa privada, são operadores da confiança. Nas cidades brasileiras, os escritórios de contabilidade são parte da paisagem. Com suas atitudes e arroubos verbais, Atella está prestando um desserviço à Nação.

CRESCIMENTO: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do crescimento brasileiro do primeiro semestre. Foi surpreendente. O Brasil cresceu 8,9%. Segundo Rebeca Palis, gerente de contas nacionais do IBGE, "um pouco mais do que a Índia e um pouco menos do que a China". No cenário internacional, esse número coloca a economia brasileira como uma das mais vibrantes de 2010. Haverá provável desaceleração no segundo semestre, mas a previsão de crescimento anual está por volta de 7%, um recorde.

PROTECIONISMO: o protecionismo foi largamente praticado nos três séculos anteriores, desde o início da moderna economia internacional. Nações colonialistas impunham procedimentos que limitavam a produção de artigos mais sofisticados em suas colônias. O Marquês de Pombal proibiu a instalação de indústrias no Brasil. Em pleno século 21, a prática continua, às vezes, de forma disfarçada. Os disfarces vão de selos verdes a certificados de qualidade. A ameaça das cláusulas sociais continua pairando sobre as economias emergentes. Neste momento, a Câmara Européia de Comércio está reclamando da China, que, segundo ela, pratica um "protecionismo estatal". Empresas multinacionais instaladas na China, incluindo a Embraer brasileira, também têm reclamado. O ministro da Indústria da França, Christian Estrosi, afirmou ao Estadão (2/9) que "protecionismo não é um palavrão". Ele defende um maior índice de nacionalização para os produtos "made in France". Em época de crise, o protecionismo é mais defendido e aplicado. No Mercosul tem sido uma ameaça até mesmo para a continuidade do mercado comum. A retaliação da Argentina em relação aos produtos brasileiros também tem sido constante.

MINÉRIO DE FERRO E FOSFATO: indiscrição eleitoral do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (candidato à reeleição), revela que a leste do Estado há uma jazida de minério de ferro e fosfato. Embora o minério de ferro tenha teor baixo (41%  contra 67% de Carajás, no Pará), o eufórico governador garante que será fácil explorá-lo porque "ele se encontra aflorado". Quanto ao fosfato, as estimativas são de que existem mais de 400 milhões de toneladas, suficientes para produzir fertilizantes para o Brasil durante sete séculos. Reportagem do jornal Folha de São Paulo (2/9), informa que os direitos de pesquisa da área são da GME4 do Brasil Participações S/A, cujo sócio majoritário é o Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.

ANÚNCIO: a empresa chinesa JAC (Jianghuai Automobile Co.) anunciou que exportará 602 mil automóveis para o Brasil, nos próximos 10 anos. Das seis montadoras chinesas, somente uma (Chevy) informou que pretende montar fábrica no Brasil.

NOTÍCIA: apesar das boas notícias sobre o crescimento brasileiro, a péssima notícia é o contínuo aumento dos gastos públicos.    


Escrito por: sinpefesp
Postado: 09/09/2010
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