O conselheiro Flavio Delmanto e Vlademir Fernandes, presidente do CREF4/SP, receberam na sede do CREF4/SP, José Antonio Martins Fernandes (CREF 003440-G/SP), presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo – SINPEFESP e Gilberto José Bertevello (CREF 000001-G/SP), presidente do Sindicato das Academias – SEEAATESP, para uma rodada de conversação sobre assuntos de interesse do Profissional de Educação Física. A iniciativa do CREF4/SP, de receber em sua casa as duas representações, só fortalece a categoria e possibilita um crescimento na própria visão do Profissional.
Por diversas vezes, o CREF4/SP é questionado pelos profissionais sobre assuntos pertinentes ao Sindicato, que não lhe cabem responder. Mas, segundo Vlademir Fernandes, o Conselho Regional é parceiro tanto do patronato quanto do empregado. “O CREF4/SP está à disposição para, se necessário, atuar como mediador, mas sempre de forma parceira”, disse o presidente.
As três entidades comemoraram, nesse encontro, o primeiro acordo coletivo da categoria, celebrado com data base de 1º de março, como primeira iniciativa para melhorar o relacionamento entre patrão e empregado, que cabe aos sindicatos signatários. “Nós lutamos pelo mesmo ideal. Só que na hora do acordo salarial estamos sentados um de cada lado e o juiz é quem decide, quando não há acordo entre as partes”, esclareceu Bertevello.
Todos os assuntos que surgiram durante o encontro foram voltados para a necessidade de lutar pela categoria, que até 1998 não era reconhecida. Segundo o Prof. José Antonio, o SINPEFESP veio completar uma lacuna que existia desde a criação da Lei nº 9.696, de setembro de 1998, que criava a categoria de profissionais de Educação Física. A questão da criação do Sindicato ainda é vista com ressalvas pelos outros sindicatos. Mas Gilberto José Bertevello, presidente do Sindicato das Academias, afirma que a existência do CREF4/SP e do sindicato dos empregados “é uma necessidade de ‘colocar o trem nos trilhos’”.
Por isso, o CREF4/SP e os dois Sindicatos lutam para que o Profissional de Educação Física reconheça o seu sindicato como legítimo. “Houve muitos contratempos até a efetivação do nosso Sindicato, por isso, pedimos a compreensão e colaboração da categoria no sentido de ajudar na construção de quem o representa. O profissional tem que ajudar sua classe, afinal o sindicato surgiu da necessidade de normatizar as atividades”, alertou José Antonio. O presidente do CREF4/SP, Vlademir Fernandes, reafirmou que o Conselho nãoé tendencioso, mas que representa uma profissão que está crescendo muito no Brasil. “Se antigamente o profissional era somente professor, hoje, ele está inserido nos mais diversos segmentos e, além das escolas, trabalha também, em academias, hospitais, órgãos públicos, empresas, spas, rede hoteleira ou como personal trainer”, explicou o conselheiro Flavio Delmanto.
Essa é uma nova fase para o profissional e o empresariado da Educação Física, que precisa entender que o avanço da categoria, tanto em questões normativas de salário, quanto de direitos e deveres só serão formadas com o apoio dos profissionais. Há ainda um longo caminho a ser percorrido para que a categoria sejareconhecida e aceita por outros sindicatos e até entre os próprios profissionais, mas o CREF4/SP está atento às mudanças e necessidades da profissão, e sempre de portas abertas para receber patrões e trabalhadores.
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Publicação Oficial do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região - CREF 4/SP
Ano XI • nº 27 • AGOS TO • 2010
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