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É um desafio para todos os que militam no setor de Esportes e Educação Física.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar sua pesquisa mais recente (Prática de Esporte e Atividade Física).
Ela aponta um dado alarmante: 123 milhões de jovens com 15 anos ou mais não praticam esporte no Brasil.
O principal motivo apresentado: falta de tempo (38,2%), em seguida de falta de interesse (35%), problemas com saúde ou idade (19%), entre outros.
Diante dos dados, os pesquisadores chegaram à conclusão de que, em comparação com três a quatro décadas atrás, estamos nos movimentando cada vez menos.
Isso ocorre, segundo o IBGE, porque somos submetidos a atividades e ambientes que nos exigem cada vez menos esforço. Temos tudo ao nosso alcance, seja em casa ou no trabalho.
O levantamento do IBGE indicou que 37% das pessoas tem o hábito de praticar atividade física (61,3 milhões).
Entre as modalidades mais praticadas está o futebol, com 15,3 milhões de pessoas ou 39,3% dos 38,8 milhões de praticantes de esporte.
Em segundo lugar ficou a caminhada (9,5 milhões de pessoas ou 24,6%), seguida pelo esporte fitness (3,5 milhões de pessoas ou 9,0%), o que inclui hidroginástica, spinning, yoga, pilates entre outros.
Acredita-se que a forte crise política e econômica pela qual o Brasil vem passando, afeta de forma decisiva o interesse das pessoas por atividade física. Parte expressiva da população brasileira está sem emprego e, portanto, sem dinheiro.
"São números impactantes. A sociedade brasileira vai caindo cada vez mais no sedentarismo. É de conhecimento público que a prática esportiva está diretamente associada à saúde, lazer, cultura, inserção social e cidadania. A filosofia neoliberal do governo, onde o capitalismo selvagem campeia ferozmente, só leva em conta produção e aspectos financeiros. Se esquece da qualidade de vida das pessoas possível através de uma clara política de esportes", pondera José Antonio Martins Fernandes, presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região (Sinpefesp) e da Federação Interestadual de profissionais de Educação Física (FEPEFI).
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