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Nelson Prudencio sorri ao exibir a medalha de prata no México-1968, que conquistou no salto triplo
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O ex-atleta e medalhista olímpico de salto triplo Nelson Prudêncio
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Nelson Prudencio recebe a medalha de bronze na Olimpíada de Munique, em 1972
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Um dos maiores nomes do atletismo brasileiro, o medalhista olímpico Nelson Prudêncio morreu por volta da 0h30 desta sexta-feira (23/11/2012) em São Carlos (232 km de São Paulo). Ele tinha câncer de pulmão.
Aos 68 anos, Prudêncio, que era fumante, entrou em estado de coma irreversível na manhã de terça-feira (20). Segundo a família, a doença foi descoberta há cerca de um mês.
O ex-atleta do salto triplo estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Casa de Saúde da cidade desde o último dia 13 para a realização de uma biópsia (exame de diagnóstico e caraterização de tumores malignos).
Filha dele, Christiana Andréa Vianna Prudêncio, 38, conta que o pai sofreu complicações por conta do procedimento. Seu estado de saúde piorou e, na terça-feira, foi removido para a UTI.
"Ele teve um sangramento muito grave no cérebro e ficou impossível de fazer qualquer cirurgia", disse a filha. "Foi tudo muito rápido", comentou.
Ídolo do atletismo brasileiro, Prudêncio ganhou duas medalhas olímpicas no salto triplo. Foi prata na Olimpíada de 1968, na Cidade do México, e bronze em 1972, em Munique, na Alemanha.
Ele é considerado um dos grandes nomes do país na modalidade, ao lado de Adhemar Ferreira da Silva (bicampeão olímpico, em Helsinque, na Finlândia, em 1952, e em Melbourne, Austrália, em 1956) e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo (dois bronzes, em Montreal, no Canadá, em 1976, e Moscou, na extinta União Soviética, em 1980).
Nascido em Lins (431 km de SP), Prudêncio foi para São Carlos estudar educação física. Lá se formou em 1971.
Ele também era professor-doutor em educação física na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e atuava como vice-presidente da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
Deixou dois filhos e a mulher, Maria Lúcia Saldanha Vianna Prudêncio.
Por: JOÃO ALBERTO PEDRINI
DE RIBEIRÃO PRETO
FONTE: www1.folha.uol.com.br
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