No último 28 de abril, o povo brasileiro mandou seu recado para o governo federal, os deputados e todos os parlamentares que insistem em mexer em direitos trabalhistas e previdenciários.
Nas principais capitais do Brasil, os trabalhadores e trabalhadoras dos transportes coletivos paralisaram suas atividades e a população aderiu ao chamado das centrais sindicais.
Por mais de um mês, o sindicalismo orientou os cidadãos que, como não haveria condições de se locomover até seus trabalhos, o melhor seria permanecer em suas casas. E isto ocorreu.
"Esta é uma manifestação que tem como objetivo único e concreto a defesa dos direitos da classe trabalhadora que, com o argumento de superação de crise, o governo brasileiro está sedento por tirar", explica Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Em São Paulo, muitas estações de ônibus, trens e metrôs ficaram literalmente vazias.
Apesar das ameaças feitas pelo prefeito João Dória, de descontar o dia dos servidores que aderissem à greve, a adesão foi geral e a manifestação forte.
"Monitoramos as manifestações em todo o Brasil. Em muitas e importantes cidades, a impressão era semelhante a um feriado, com poucas pessoas nas ruas, o que mostra o apoio da sociedade nesta luta para manter intactos seus direitos", avalia Patah.
"O recado foi dado. A sociedade está descontente com o verdadeiro massacre aos direitos sociais. O governo não vem fazendo seu dever de casa para superar a crise política e econômica do Brasil. Continua cometendo os mesmos erros feitos pela administração passada. Em contrapartida está jogando nas costas da população a culpa de um colapso sem precedentes", conclui Ricardo Patah.
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